O Timbre Vem da Fonte ⛲

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Este é um mantra aqui no estúdio.

Por anos eu me identificava como aquele guitarrista que buscava o timbre perfeito. Testava zilhões de amps, pedais, gabinetes e efeitos, técnicas de gravação e mixagem. Mas o que eu ignorava era investigar o timbre que vem da própria guitarra. Eu me frustrava, ficava meses tentando alcançar o som na minha cabeça, tentando manipular na “pós” um som que eu já havia captado. Depois de muitos anos de sofrimento a ficha caiu. O timbre que nós buscamos vem da fonte, que no caso é a própria guitarra. Madeira, captador e cordas. Claro que timbre está na mão também, mas estou falando apenas de equipamento neste caso. Eu tentei de todas as formas burlar esta realidade. Utilizei equalizador de correspondência de espéctro, plugin de DI match, impulse responses de DI de guitarra, equalizar as DI’s antes de entrar no amp. Mas é em vão. Cada guitarra tem um corpo de ressonância diferente. Foi então que eu comecei a fazer uma reviravolta em meu estúdio e vender todas as guitarras que não me davam o timbre que eu queria. Com o valor levantado eu adquiri uma nova guitarra com um som que me agrada muito mais. A mensagem que queria colocar aqui é esta. Continue movimentando, desapega do que não funciona e abre espaço para coisas novas entrarem.

Uma das analogias que eu mais gosto quando falamos de timbre é comparar o fluxo de sinal com um rio. O timbre vem da nascente e dali em diante ele começa a fluir passando pelos estágios de amplificação e efeitos. A amplificação irá processar apenas o timbre que entregamos a ela. Se este for um timbre que você não gosta, no final continuamos tendo um timbre que não gostamos, só que agora amplificado.

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